Quando a inovação se perde em ilhas: como integrar PD&I e destravar valor real

Publicado em:
October 13, 2025

Introdução

A fragmentação é um dos maiores inimigos de Programas de PD&I no setor elétrico. Projetos se espalham entre áreas técnicas, regulatórias e de negócio, cada uma falando a sua própria língua. Sem uma governança que una as peças, a inovação vira “de balcão”: incoerente, com entregas que patinam e pouco impacto estratégico.

O custo da desconexão

Quando falta integração, a energia se dispersa. Times técnicos ficam presos a requisitos, a equipe de PD&I corre atrás de compliance, o negócio espera resultados — e ninguém entrega o que prometeu. Além da ineficiência e do retrabalho, a legitimidade do programa enfraquece perante a ANEEL e a alta gestão.

O fio condutor que falta

O desafio é simples de enunciar e difícil de executar: criar uma governança que costure estratégia, regulação e execução em um mesmo fio condutor. Só assim projetos deixam de ser ilhas e passam a compor um portfólio que faz sentido, gera aprendizado e entrega valor real. É aqui que um modelo de gestão estruturado muda o jogo: um sistema único onde cada projeto se conecta ao propósito maior do portfólio.

2 passos certeiros para integrar a inovação

1. Criar linguagem comum

Alinhe critérios e métricas para que técnicos, regulatórios e negócio conversem na mesma base. Defina o que é “sucesso” sob a mesma ótica e reduza ruídos. Ex.: como decisões de escopo impactam indicadores da ANEEL e como demandas de negócio respeitam limites regulatórios.

2. Unificar a governança

Adote processos e sistemas que conectem todas as áreas em um fluxo único, onde cada entrega individual reforça o propósito coletivo. Centralize planejamento de portfólio, execução de projetos e monitoramento de conformidade para decisões com visão completa, não sob a ótica de uma “ilha”.

Conclusão: fragmentação em força estratégica

Integrar é sair da lógica das ilhas e construir portfólios que falam em uníssono. O próximo passo é transformar a fragmentação em força estratégica: governança unificada, linguagem comum e um modelo que alinha estratégia, regulação e execução no dia a dia.

Michael Cardoso
Equipe E3P